Matilde por Leonardo Cribari

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Muralha da China

Agora há pouco estava lendo uma matéria sobre, tansferir a responsabilidade para o outro , auto estima e tudo o mais que possa caber dentro desse contexto....
Lendo assim, me assola uma sensação de pequenês, de mulher perdida no espaço...
Mas fica aqui o meu discurso.
Não quero que os outros resolvam os meus problemas, mas gostaria muito que o outro estivesse presente junto com os meus problemas...
Até quando é transferencia de responsabilidade, até quando é baixa outo estima , isso deixo para os mais letrados em psicologia e todas as teorias de análise...
O que posso dizer , o que quero dizer...
Quero o outro sim...e se ele me elevar a um patamar de não problemas, melhor ainda...
Estou cansada desses discursos de mulher super poderosa...
Sou não!

Sou carende , aderente e dependente...
Cansei de ser muralha da China!

Isso deixo para as novatas de plantão.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

O que é que houve meu amor, você mudou os seus cabelos?

Ontem resolvi radicalizar.....
Quando tudo está parado, marasmo mesmo, se não acontecem coisas, façamos por acontecer!
E como não tinha muitas alternativas, resolvi que o mais prático, objetivo e barato seria uma mudança total no visual...
E lógico, que isso implica numa ida ao cabeleireiro e sair de lá com outra cara.
Pois, foi isso justamente o que fiz!
Não me importava o tamanho, a cor, se lisos ou cacheados... Me importava sim, sair dali com cara de uma nova pessoa, essa a quem estou procurando.
Dar identidade a uma nova fase de vida.
Fiz tudo isso por impulso, por “intuição feminina”, mas depois, pensando nas outras vezes em que tomei igual atitude, percebi que todas as vezes que mudei totalmente os meus cabelos, estava associado a uma grande guinada de vida.
E hoje, conversando com minha fada madrinha mor, ela me veio com um texto que foi bárbaro:
_ Sabe por que as mulheres escolhem os cabelos para sinalizar as mudanças? Perguntou-me ela
_ Não, respondi eu.
_ Ora! É mais barato que uma Lipoaspiração! (rsrsrsrsrsrsrs)

Conversei com outras amigas, e qual não foi a minha surpresa, que todas tinham tido atitudes parecidas com a minha nos grandes momentos de mudança de vida...

Pois, Matildinha, aguarde , que novos ventos estão começando a soprar na beira de seu cais...
Espero por eles ansiosamente...

E hoje entendo uns versos de uma canção que já tinha adotado anteriormente, sem entender muito seu significado:

“_ O que é que houve meu amor, você mudou os seus cabelos?
_ Foi a tesoura do desejo. Desejo mesmo de mudar!”

sábado, 19 de maio de 2007

Falando para mim...

Enquanto esquento minha cabeça, remoendo: o que escreveria desta vez?Vão acontrecendo coisas, e como tudo , surpresas também acontecem...
Tenho andado um pouco, não , muito, sem inspiração...ou são tantas que me perco na elaboração de algumas idéias...Essa sim talvez seja a verdade...quero falar de tantas coisas que me perco imaginando textos, situações e aí o momento passa.....e a história também...
Mas , enquanto tudo isso acontecia, recebo esse comentário....e aí gostaria imensamente e dividir com todos
É de uma pesoa que me é muito, muitíssimo grata, uma amiga irmã, gente muito boa. Mas boa mesmo....daquelas que você se acha um afortunado de ter junto....

Deixo aqui suas palavras carinhosas, amiga, irmã....

"Matilde, Matildinha
Cada vez te admiro mais
Cada vez te vejo um pouco mais
E te amo mais

Matilde, Matildinha
Não te aflinjas
Tuas sinas não são tuas somente tuas
Tuas iras, tampouco
Teus sonhos, pode ser!
Pois, são teus...
Mas não te aflinjas
Sonhos são de poucos...

Matilde, Matildinha
Penso em você
E só imagino o bem
Penso em você
E lhe desejo um bem!!!!
Penso em você
E digo Amém!
Amém!
Amém!"

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Mãos Atadas


Matilde, Matildinha
Quem foi que te disse que o sol levanta toda manhã?
Não fui eu.
Eu jurei que sabia das coisas!
Que pena nada é como imaginava...
O dia virou noite
E a noite, se de Lua, brilha mas engana!
E ficamos a querer que ela volte...
Quem sabe, traga boas novas,
Ou que São Jorge nos empreste o seu Dragão...
Deixar o passado para trás
Fácil de dizer
Mas difícil de entender
Coisas de quem sofre, de quem ama, de quem crê
Mais e ai...
Para onde ir???
Matilde , Matildinha
Liberta o coração
Pois, ainda existe o Capitão.



Mãos Atadas
Simone Saback

“Eu tenho as mão atadas ao redor do meu pescoço,
Eu queria mesmo era tocar seu corpo
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos e depois?
Depois eu toco meu corpo eu tenho frio
Sou um louco amargurado e até vazio
E me chama atenção
mas eu sou louco é de paixão e você ?

Você que me retire desse poço
Eu sei ainda sou moço pra viver
E te ver assim tão crua
A verdade e toda nua
E ninguém vê?

Eu tenho as mãos atadas sem ação
E um coração maior que eu para doar
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos sem querer
Eu quero é me livrar
Voar
Sumir
perder não sei, não sei querer mais
A qualquer hora é sempre agora chora
Quero cantar você
Vou fazer uma canção liberte o meu pensar
Aperte os cintos para pousar
Agora é hora de dizer muito prazer sorte ou
azar e amar.
Simplesmente amar você."


Matilde , Matildinha
Agora é hora de dizer muito prazer
Sorte ou azar
e amar...
Você?

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Fadas Madrinhas


A imagem que trago comigo desde a infância das fadas, principalmente as fadas madrinhas, era moldada no estereotipo que todos os desenhos de animação infantis da minha época passavam.
A que mais me chamou atenção, foi a de Cinderela.
Uma senhora baixinha, rosto bondoso, sereno, com cabelos brancos e fofos que pereciam algodão-doce. Vestida quase invariavelmente de azul celeste, e com uma áurea de luz. E o mais importante, com uma varinha de condão na mão.
Santa varinha! Aquela que torna tudo possível, apenas num toque! Como me encantava a possibilidade de eu também ter a minha fada madrinha.
Enquanto era criança, acreditava que ela existia e que estava sempre ali do meu lado, me protegendo, fazendo dos meus sonhos realidade!
Somente agora entendo que no percurso da vida fui empurrando cada vez mais para o fundo as minhas mais sinceras vontades e sonhos, e assumindo papeis que eram frutos da vontade de outros e me esquecendo dos meus desejos e das minhas fadas madrinhas.
Podem chamar de crise dos quarenta, de adolescência tardia, do que quiserem, mas a verdade é que nada acontece por acaso, e o tumulto que foi minha vida nestes últimos tempos, me levou a uma parada total. De trabalho, de sonhos, de crenças. Colocou-me numa posição onde nunca estive antes: A de olhar com muita honestidade para mim mesma. De questionar o que realmente quero. A fechar um livro, e não apenas passar uma página. A um balanço de tudo.
Não é fácil, muito pelo contrário, pois do mesmo modo que descubro coisas maravilhosas, encontro também aqueles pequenos diabinhos que com muito cuidado alimento e disfarço de anjos para não ter que enfrentá-los.
Estou aos poucos descobrindo que as fadas continuam ao meu lado Só que agora, em pleno século XXI, elas fizeram uma revolução fashion, e deixaram de lado suas vestes celestiais, e disfarçam sua varinha de condão. Minhas fadas são modernas, algumas até de cabelos vermelhos, mesmo que de vez em quando apareça um azulzinho celestial...Usam seus gestos,pensamentos, palavras,sua força interior,para realizarem suas magias. Seus rostos são inteligentes e vivazes, mas suas áureas de luz continuam lá. E se pararmos para pensar um pouco, descobriremos que elas nunca saíram do nosso lado, apenas demoramos a perceber sua nova roupagem.


Para vocês, que são minhas fadas, muito obrigada por estarem ao meu lado, agüentando todas as alterações climáticas desses últimos tempos, e que como fadas madrinhas nunca deixaram de me tocar com suas varinhas de condão e que foram além, me cuidaram, colocaram no colo, ninaram, riram choraram e sonharam junto comigo.

Com amor



terça-feira, 8 de maio de 2007

Pai

Queria saber rimar,
Pois então não ficaria tão difícil achar
Palavras que quero te dar.

Para ele,
Meu norte, meu sul,
Minha bússola a girar.
Não há tempo ruim ,
Nem nada pra reclamar.

Se fico, se vou,
Se calo ou se grito,
Sinto sempre em meu ombro
O abraço amigo.

Feito de cal e pedra
De amores e dores
Está sempre comigo
Mesmo quando, distante, apenas me abre um sorriso.

Te sinto presente, constante, abrigo
Meu pai, meu amigo.


Para o grande Homem, que é meu Pai, meu amigo, meu cúmplice, meu companheiro de tantas histórias: Passadas, amadas, choradas, sofridas, risonhas, de whisky, de viagens ao redor de um globo de plástico,de sonhos, de amores, de vida.


Com todo amor


Sua Filha.